sábado, 19 de junho de 2010

Teísmo Aberto: - Uma Defesa Que Condena!

Lucas 13. 1 – 5

1 E, NAQUELE mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
3 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
4 E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
5 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.

É inevitável para alguns não haver questionamentos a existência de Deus e de seu governo depois dos acontecimentos atuais: Como as chuvas arrasadoras em todo sul do país, o deslizamento de terra em Angra dos Reis, a violência descontrolada nas favelas. E sem contar, com outros acontecimentos devastadores, como foi o terremoto no Haiti e que assistimos assustados e fragilizados nos telejornais.

Coisas como essas revelam a nossa fragilidade, a nossa limitação diante de forças inexplicáveis como é a força devastadora da natureza expressa em um terremoto de nível sete na escala Richter.
As mais intensas e traumatizantes cenas são vistas quando algo assim acontece, como se estivéssemos assistindo o último filme de ficção cientifica produzido por Hollywood, mas aqui com uma grande diferença: - É real!

Então, as dúvidas e os questionamentos surgem naturalmente procurando respostas lógicas e eficazes em busca de dissipar as perguntas. E reorganizar o mundo e o modo pelo qual somos agora impulsionados e forçados a vê-lo, depois de grandes calamidades como fora essa do Haiti.

Religiosos buscam sustentar as suas posições diante da realidade, a mídia aumenta a audiência em meio ao caos e o sofrimento, governantes percebem que não passam agora de flagelados iguais aos sobreviventes que vagueiam em busca de socorrerem quem está com vida, debaixo dos escombros. Fome, sede, dor, sofrimento, morte, angústia, doenças... Humilhação! Tudo isto exprime o pouco que está a passou aquela nação e cada coração voluntário que se encontra ali em busca de ser uma partícula de esperança.

– O que será agora das nossas vidas? – Porque isto aconteceu? – O que devemos fazer daqui pra frente? – Se Deus existe, onde ele está agora que não impediu isso? – Ele não é poderoso o suficiente para intervir que coisas como essa não venham acontecer?! – Ele não ama mais aquelas pessoas?

São perguntas como essas, intrigantes, que devem estar dentro, nas mentes de muitas pessoas que estão envolvidas nesta catástrofe e até mesmo aqui neste momento. Mas também são perguntas como essas que podem gerar dubitação nos conceitos que apóiam a fé e que estão estabelecidos na Palavra de Deus.

Muitos se apóiam em pensamentos meramente sentimentalistas para responderem os seus questionamentos de forma anti-bíblica e cética, ao ponto de buscarem contradizer o que ela afirma de Deus dizendo que esse Deus-Cristão é um deus “Tirano”, “Sádico” e “Sem Amor”, por causa das conseqüências produzidas por grandes eventos que Ele mesmo permite.
Outros, mais espiritualistas, ficam procurando razões externas na situação política e sócio-cultural daquele país. No tipo de religião praticada, por exemplo. E quando ficam sabendo que os haitianos cultuam os mortos durante 3 meses em grande festa e depois os enterram no quintal de suas casas, acham mais do que o motivo, mas a causa ultima pela qual Deus nos céus permitiu tamanha desolação sobre a vida dos haitianos e não nas deles.
E outros, quase bem-intencionados, chegam ao absurdo de afirmarem que Deus permite grandes catástrofes, porque Ele não faz idéia de que tais coisas acontecem. Este tipo de pensamento no mínino é infantil e se não fosse trágico pela natureza da acusação seria cômico.

Ex: Existe um Pastor que depois de ter passado por uma experiência em uma de suas viagens para o exterior e precisamente para o continente africano. Tendo contato com um povo tribal e desprovido de qualquer assistência, ele desacreditou que Deus esteja no controle absoluto de tudo e tenha determinado dês da eternidade qual seria o fim ultimo de todos os eventos, quer sejam humanos quer sejam espirituais. E aponta para o homem como aquele que é responsável pelo seu destino.

Aqui vemos a apostasia por parte de alguém que desconstruiu a sua antiga forma de pensar (ele foi um dia pastor reformado) e agora luta contra ela, por ter sido impactado por cenas fortes.
Agora está em busca de tocar alguém através de afirmações sentimentais, como: “- Deus não sabia que isto iria acontecer!”, “- A justiça de Deus não produz morte!”.



Está maneira de pensar ao qual esse pastor tem evidenciado provêm de uma crítica as pessoas que buscam erros em outras para explicarem as causas dos seus sofrimentos e infortúnios. Para ele e para os seguidores do Teísmo Aberto: Deus não julga as pessoas através de calamidades e catástrofes terríveis como um Tsunami.

Essa teologia chamada de Teísmo Aberto aparentemente tem boas intenções, atacando o pensamento decorrente da tradição medieval pela qual o homem passou historicamente e carrega consigo até os dias de hoje, e que afirma: Que Deus deve ser visto como um Deus irado e terrível caçando pecadores para puni-los.

Seria intencionalmente bom o Teísmo Aberto deste pastor, se não tratasse de uma grande heresia comparável as mais grotescas invenções que a humanidade vivenciou no seu período medieval. Neste caso o Teísmo Aberto com o objetivo de atacar o seu inimigo, tornou-se o mais celebre aliado na tentativa de levar o homem a ficar o mais distante possível de Deus. E têm conseguido! Pois isso é inquestionável pela observação da prática dos seus inúmeros seguidores, tanto da antiga forma de pensar da teologia medieval, como da nova forma de pensar do que seria a rival e acabou sendo o seu aliado: O teísmo aberto.

O texto ao qual lemos demonstra este mesmo tipo de comportamento nos tempos de Jesus, e qual deve ser a postura adotada por nós em meio a tais acontecimentos e questionamentos.


1. A Culpa está em nós!

Olhando o texto veremos que Jesus não se preocupou em apontar causas exclusivas sobre acontecimentos que chocaram as pessoas e a sociedade envolvendo morte e uma suposta piedade misturada com um preconceito por parte das pessoas que chegam até ele para questioná-lo sobre o motivo pelo qual essas pessoas sofreram tamanha calamidade. Lc 13. 1 e 2

O texto não faz nenhuma afirmativa direta que essas pessoas que foram até Jesus, o perguntaram se as pessoas que estavam envolvidas nos acontecimentos eram merecedoras do que aconteceu ou não. Mas a verdade é que pouco importa se o perguntaram diretamente. Ele mesmo fez a pergunta demonstrando o interesse por parte daqueles que estavam em seu redor e a sua resposta não poderia ser mais contundente:
- Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Lc 13. 3

O que Jesus tinha em mente dando a resposta para a pergunta que ele mesmo fez em Lc 13. 3?
O fato é que Jesus conhece a natureza humana e suas conseqüências, Ele sabe que aqueles que estavam ao seu redor não tinham capacidade de responder a sua pergunta como nós também não temos, por isso: - Ele mesmo a respondeu.
Levando os que estavam presentes naquele momento a perceberem que suas posições mediante os acontecimentos e as pessoas que estavam envolvidas, não podiam continuar como estavam. Não podiam nem existir! Porque, não possuíam condições, em si mesmos, de darem conta das responsabilidades de suas próprias vidas. Quanto mais agora apontarem para causas exatas ao qual levaram aquelas pessoas a sofrerem mortes tão horríveis e que despertassem a curiosidade daqueles Galileus.

Jesus os conduz a enxergarem que a posição ao qual deviam assumir não é de inquisidores e até mesmo de juízes que conhecem a sentença merecedora a ser aplicada, mas deveriam assumir a posição de réus. Réus que merecem o mesmo destino por serem incapazes de olharem para si mesmos e para os delitos por eles cometidos.


2. O Censo Comum da Desgraça

Olhando novamente para a essência do pensamento daqueles Galileus, veremos onde ele se apóia e ganha espaço até chegar o período medieval ostentando ainda os dias de hoje em nossas igrejas. Às vezes somos tão pragmáticos (temos a prática como causa) que deixamos de perceber os grandes feitos de Deus, a sua misericórdia e o que Ele realmente deseja de cada um de nós. Era o que estava acontecendo com aqueles Galileus.
Basicamente o pensamento deles se resumia da seguinte maneira:

1. Aquelas pessoas fizeram algo que mereceu aos olhos de Deus a sua vingança, e assim morreram.
2. Se nós fizermos isto também Ele fará o mesmo conosco.
3. Ainda não morremos porque Deus não nós vê como culpados ao ponto de sofremos assim.
4. As pessoas sofrem, porque ou elas ou seus familiares mais próximos, fizeram algo que liberou a desgraça da parte de Deus nas suas vidas.

Ou seja: - Deus me retribui segundo o que mereço.

Tudo isto ainda está muito vivo nos dias de hoje em nossas igrejas. Sempre nos deparamos com pessoas que em seu comportamento demonstram pensarem dessa mesma forma. Quer seja no muito orar, quer seja no muito santificar-se, quer seja no cargo e nas responsabilidades que ocupam, acham-se merecedoras e até mesmo protegidas de grandes desgraças em suas vidas. E não hesitam em questionarem-se quando pessoas próximas sofrem em acontecimentos que chocam por sua violência.

Mas, há textos que põem abaixo esse censo comum predominante ainda em nossos dias e que se apóia na realidade das coisas: Eclesiastes 6.6; 9. 2; Mateus 5.45.

Dessa forma, observamos que tudo que somos; tudo o que temos e tudo o que passamos é proveniente de Deus e sua múltipla forma de ação em nossas vidas em seu decreto. E que por mais sábio e ignorante que sejamos ao ponto de queremos entender determinados acontecimentos e suas causas, sempre serão acontecimentos oriundos da vida e do fato de sermos frágeis e negligentes para com o Senhor.

Não adianta queremos produzir um deus alienado dos seus atributos para tentarmos responder os nossos questionamentos e modelá-lo ao ponto de deixar de ser Deus, para satisfazermos os motivos sentimentais de alguns que não querem mais enxergá-lo como o Senhor. Deixemos isso para Ele mesmo, como diz em Eclesiastes 3.17: “Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.”


3. Os Pontos Fracos do Teísmo Aberto

Vejo essa teologia com um olhar negativo não apenas porque ela é fraca e inconsistente, mas porque ela é herética e vai contra a sua própria nomenclatura.

Percebamos que ela diz a principio existir um Deus, mas que esse Deus em sua apresentação é mais humano do que realmente Deus, logo o termo Teísmo que exprime a crença em Deus entra em conflito com o próprio esclarecimento que está na palavra de Deus sobre sua existência e seus atributos como Deus e sua relação com o homem.

Isto é incoerente, mesmo para os que acreditam em outros deuses. Porque esses deuses pagãos não se tratam de deuses que em suas falsas-revelações são chamados de Todo-Poderoso, como é o caso do Deus Judaico-Cristão ao qual o Teísmo Aberto tenta descrever com sua fraca teologia. Logo o Deus Todo-Poderoso não tem condições de salvar quem quer e fazer morrer quem Ele queira do modo que Ele queira, por que Ele é amoroso demais? Que me diz do seu próprio Filho?

Segundo: por que, ela tenta delimitar Deus dos seus atributos ao ponto de justificar a sua impossibilidade em ser o causador das catástrofes da morte das pessoas, alegando que ele nem sabia que isto iria acontecer, pois se soubesse teria contido por causa do seu infinito amor. Leiamos: Salmos 46.8

Terceiro: porque ela descreve todo aquele que acredita que Deus é o autor dessas tragédias como sendo antiquados, arcaicos e ortodoxos, e assim deixam de perceber o quanto estão sendo sentimentalistas e orgulhosos em pensar que não merecem passar por situações adversas. E quando apontam para os ditos “ortodoxos” (que somos nós) não percebem que caem no mesmo erro que reclamam:
- Que estão a nos julgar estarmos errados; como nós também os julgamos estarem eles errados.

• Julgam-nos, porque dizem estarmos olhando com o mesmo olhar medieval que estão a atacar, mas que já se tornaram aliados em dizermos que Deus é o causador de tudo, até mesmos de grandes catástrofes.
• Julgamos eles estarem errados, porque não enxergam mais em Deus a capacidade infinita de sua sabedoria e poder, em utilizar-se de coisas aparentemente injustas ao nosso censo raquítico seu plano eterno.


4. Conclusão

Que cada vez mais à medida que, o tempo passa e se aproxima a volta de Cristo à igreja do Senhor está cercada de falsos profetas e de ensinamentos oriundos das próprias abstrações humanas. E nosso legado tem se tornado um grande desafio, como é carregar a própria cruz em amor a nosso Senhor, que sofreu o que nenhum de nós suportaria: A ira de Deus pelos nossos pecados.

O próprio Senhor alertou várias vezes aqueles que o seguiam a respeito de falsos ensinamentos e a postura necessária para combatê-los.

O que nos falta é coragem de encaramos com solidez a carreira que nos foi proposta e deixarmos de lado o mesmo sentimentalismo que rege a ação dos seguidores de heresias, tal qual, o Teísmo Aberto. E que tem encontrado lugar em nossa vida, tornando-se o bloqueio que nos impede de irmos à frente do combate.
Precisamos negar a validade desses ensinamentos explicitamente, não aceitando a autoridade daqueles que repercutem no meio evangélico esse ou qualquer outro tipo de heresia. Deixar pra lá é covardia. Dizer que nada tenho haver é incompetência e omissão; ensinar e defender a verdade são atitudes bíblicas, e cristãs se trata da nossa missão aqui.

Dar a vida hoje buscando se apropriar não para si mesmo da verdade de Deus, é algo que poucos estão a fazer. No entanto, convoco-os usando o mesmo argumento de Paulo em 2 Tm 4.1 – 8.

Cada um de nós é responsável por tamanha obra e sua realização. Deus nos ajude!

terça-feira, 2 de março de 2010

O Dia do Senhor

Talvez venhamos lembrar instantaneamente de uma denominação que argumenta a necessidade de guardar em nossos dias, o dia de sábado, que foi santificado pelo Senhor no período de Moisés. E logo, alguém poderá se levantar, dizendo: - Não há mais importância na observação de texto como estes nos nossos dias.

Mas, será que temos condições, e estas dadas por Deus, de dizermos que não há porque observarmos mais textos como esse? Ou melhor: - Dizermos que esse texto perdeu o seu significado, visto que hoje temos o NT e que nesse caso, esse texto que faz parte da Lei do Senhor, está obsoleto e tem apenas um significado histórico. Que por sua vez, a Lei foi cumprida em Cristo Jesus?

O que podemos dizer, mediante tais argumentações oriundas de pensamentos desvinculados de um compromisso sincero com o que o Senhor diz. É que muitos, infelizmente, deixam de perceber a importância contida em texto como esses em suas vidas espirituais. Seguindo o entendimento de que hoje existe uma “abolição decretada” ao AT, e ainda tendem a dizer que ela é provocada pela liberdade proposta no Evangelho de Cristo Jesus, ou seja, a Lei do AT versus a misericórdia do NT. E isso mostrará que texto assim, não tem nenhuma importância para a vida da igreja contemporânea. Desvalorizando o AT da sua contribuição, como Palavra de Deus, para o desenvolvimento da igreja hoje.

Isto é um perigo para os nossos dias. Porque este entendimento demonstra o quanto estamos despercebidos do caráter singular contido na totalidade da Palavra de Deus, na reunião do AT e NT e no que isto deve representar para a igreja de Jesus Cristo hoje e eternamente.

Isto quer dizer que, a Igreja deixa novamente de lado a sua história que foi construída com o passar do tempo e os objetivos que ela alcançou. As suas vitórias conquistadas pelo que a teologia produziu durante estes momentos importantes de reflexões, e que pra nós hoje, deveria servir de memória. Mas, o que parece, é que esta memória se tornou um arquivo morto, que para nada mais presta, a não ser: fazer volume desnecessário em nossa vida e ser um peso maior sobre os ombros da nossa consciência.

Quero trazer um exemplo pratico para a nossa visualização:

Um teólogo dos primeiros séculos da era cristã, chamado Marcião, afirmava que o AT perdeu seu significado, uma vez que ele foi desvendado pelo NT.

Observando os nossos dias, veremos que falta-nos refletir melhor a respeito do AT e todo o seu conteúdo para a igreja do nosso tempo. Alguns pregadores ainda se esforçam para trazer ao nosso conhecimento o sentido real dos textos, outros, o máximo que fazem é reproduzir as histórias dos grandes patriarcas e profetas, deixando de salientar o aspecto doutrinário do mesmo e com isso, sendo alheios à totalidade do AT, como Palavra de Deus. Provocando uma inconseqüente reação na igreja de abandono ao AT. Por não se tratar de Livros interessantes de observá-los, pois eles só tratam das histórias de alguns homens e do povo de Israel.

Não é a toa que nossos jovens não se firmam na sua vida cristã, desconhecendo não somente o NT, mas ignorando, do fundo do coração o AT.

Por se tratar de um livro “chato”, “enfadonho” e “complicado de se entender”.

Por isso, quero abrir um parêntese aqui, e sugerir aos colegas de ministério que, dediquem-se a observação e ensinamento do AT, nos momentos de reunião que temos com a igreja.

1. Em Tudo Que O Senhor Fez, Há Um Propósito.

Não será diferente com relação a esse caso, devemos observar o propósito de Deus em reservar um dia para descanso e qual tem sido o seu objetivo, com isso.

Chamo a atenção para o verso que antecede a narração de sua criação na criação. Gênesis 1.31 e 2.1 – 3.

Fica claro que Deus criou todas as coisas com uma harmonia extraordinária e perfeita. E que esta harmonia foi violada pela ação do pecado em sua estrutura. Mas, que as coisas que foram criadas por sua vez, funcionam paralelamente com o intuito de sustentarem sua própria preservação. Quero fazer menção do fato de Deus ter decretado na sua Lei o ano sabático (Lv 25; Dt 15), chamado também do ano do Jubileu:

1. Descanso de um ano sobre a Terra depois de 6 anos de cultivo. (Lv 25.1 – 5)

2. Perdão de dívidas. (Dt 15.1 – 3)

3. Libertação de escravos. (Dt 15. 12- 18)

4. Direito de remissão por parte de um irmão ao estrangeiro. (Lv 25.48)

5. Volta à sua possessão e sustento de irmãos necessitados. (Lv 25.13)

É verdade que não se tem mais como viver desta forma, no entanto, não podemos deixar de dizer que: Se, os limites impostos por Deus forem ultrapassados, todos, e não só os que transgridem, sofreram com a desestruturação e a desestabilização da harmonia de qualquer coisa criada por Ele.

Isso nos mostra que Ele “descansou” da sua obra, não porque precisasse recompor-se de seis dias de trabalho como nós, mas para nos indicar que o seu propósito não pode ser sobreposto por nenhuma maneira de viver ou por desculpas sem fundamento por parte do homem, sem que esse não sofra a reação, pelo fato de não ter obedecido a seu propósito.

Nisto está o grande propósito de Deus em ter santificado o dia de sábado, em que o homem pudesse alcançar o entendimento de que deveria viver em harmonia com o seu irmão e com Ele. Oferecendo um dia de sua semana para a adoração ao Senhor, não só através de rituais. Mas, também de atitudes virtuosas. Expressando assim o caráter neo-testamentário para o comportamento humano já naqueles dias. (sombra)

2. Propósito de Deus em Relação ao Sábado no NT.

Para alguns é difícil entender a convergência (dirigir-se para o mesmo ponto em questão) existente entre o AT e o NT em relação a ordenanças de Deus para o seu povo, por isso algo como o dia de sábado ainda é polêmico de se explicar. Alguns simplesmente quererão dar rápidas explicações, e outros buscarão sustentar-se através dos textos da Lei para reivindicar a sua observação, como nos dias de Moisés. Bem, torna-se de fácil entendimento o fato de não mais termos que observar o dia de sábado como nós dias de Moisés, quando analisamos o que disse Jesus sobre esse fato.

Em Lc 6.5 Jesus diz: O Filho do Homem é Senhor do sábado.

Jesus indica com isso que agora não mais será necessária uma observação, como no período de Moisés, onde se tinha um dia especifico e também um ano especifico para adorar a Deus de forma imparcial até mesmo através de atitudes virtuosas. Mas que agora, sendo ele mesmo o senhor do sábado a sua observação resumir-se-ia no direcionamento do propósito de Deus através do seu Filho e da sua obra redentora na vida daqueles que o conhecem como o Senhor da vida.

Então, o sábado convergiu para a obra de Cristo, e a sua obra é acentuada por dia um dia especial, o dia da sua Ressurreição, que fora no domingo. Cristo ressurreto é a primícias dos que dormem (I Co 15.20)

Por isso os cristãos se reúnem no domingo para a celebração do culto a Deus, tendo em vista o que aconteceu com Cristo e que a sua presença esta entre nós. Mas não é só isso, o sábado é o último dia da semana. Então, os israelitas faziam tudo que tinham que fazer para depois adorarem a Deus. Hoje a igreja do Senhor, começa a semana adorando a Deus e se preparando o resto da semana para a chegada do próximo domingo, para novamente começarem a semana oferecendo as primícias de sua vida a Deus.

A falta desta observação tem feito com que as EBD fiquem fazias; que os domingos sejam dias de lazer e diversão ao invés de adoração e comunhão; tem feito um dia até de trabalho, em buscar de progresso e uma “rendinha a mais no orçamento”, em troca de harmonia e equilíbrio em nossa vida.

Temos, sofrido mudanças por causa de não observação deste dia:

1. As fábricas tem se adaptado com novos projetos de socialização. (Efeito estufa, desemprego e cadê os membros na igreja?).

2. Crise econômica ( buscasse tanto a lucratividade e o progresso, que sacrificar o domingo na igreja é supérfluo).

3. Conclusão

Deus nos mostra que o seu propósito com o sábado encerra-se em Cristo e na sua obra consumada, na intenção de que aqueles que o têm como Senhor, o adorem. Não só no primeiro dia da semana, mas que todos os dias sejam dias de adoração, de santidade e direcionados a busca de comunhão e obediência ao Senhor através de uma vida cheia do desejo de alcançar o seu propósito.

Temos, um grande desafio pela frente: - Não permitir que sejamos tomados por essa forma de pensar que vem afogando crentes em sua caminhada com Deus, desestimulado a deixarem a observação do seu compromisso diário com Deus e que é através destes momentos de reunião e culto que haverá crescimento e fortalecimento para as nossas vidas e não longe deles. Por isso me atiro a dizer: Que crente que não vão a igreja com o intuito adorarem e crescerem espiritualmente tem pisado não só o AT e o NT, mas o sacrifício de Cristo por suas vidas.