quarta-feira, 9 de maio de 2012

Será que nos vale a pena comemorarmos o dia das mães? 

Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá. Êxodo 20.12 

Este texto refere-se ao 5º mandamento da Lei do Senhor. Este mandamento inicia ou dá inicio aos tipos de mandamentos que estão na esfera interpessoal, e que por isso servem para a regência das relações humanas.


Uma das relações interpessoais mais próximas, ou porque não disser a mais próxima a qual as pessoas podem ter mesmo que não a assumam; é justamente a relação entre pais e filhos. São poucos os grupamentos de pessoas e assim, as sociedades que no mundo não adotam o reconhecimento simbólico desta relação tão forte, afetiva e cheia de traços. Ao ponto das ciências acentuarem sua positividade e sua carga valorativa, e assim se ocuparem na investigação de suas facetas, conseqüências e acepções na sociedade.

O tema “família” tem se tornado extremamente importante no meio secular, e ao mesmo tempo, têm tomado um significado excêntrico principalmente se colocado em comparação às gerações passadas em seus entendimentos e significados.

Vemos que há uma tentativa forçada de abandono na maneira dita rudimentar, e desta forma ultrapassada, pois vemos a configuração familiar migrando inevitavelmente para ganhar uma modernização em seu modelo natural e nuclear. Que antes estava apenas na composição do pai e da mãe naturalmente como genitores, e por assim dizer responsáveis diretos pelos filhos gerados ou provenientes desta relação.

É fato dizer que hoje há um olhar diferente em seu significado para com a família, até um significado melhor em certos termos do que anos atrás. Mas, temo também dizer que isto tem ocorrido pelo fato das pressões negativas em torno da sociedade, estarem se tornando agudas e crônicas ao longo do tempo.

Onde temos como exemplos de pressão para esse significado e mudança: a violência covarde da criminalidade, que deviam fazer o homem valorizar os pequenos detalhes e momentos da vida; o abandono de recém-nascidos por suas mães, que o devia fazê-lo pensar sobre suas responsabilidades primárias, no entanto não menos importantes como ser humano; os maus-tratos feitos aos idosos e crianças, que levaria o homem a se enxergar no tempo e nas gerações anteriores e posteriores, e ver a riqueza da vida e de sua multiplicidade de aspectos e possibilidades; e porque não falar sobre a luta homoafetiva pelo reconhecimento da união estável, e o passo seguinte na adoção de crianças por casais em busca de configurarem uma família moderna nesta união.

Em torno de tudo isto, pergunto: porque ainda vale a pena a celebração do dia das mães?
Para alguns essa pergunta pode ser estranha, mas o Brasil está no fim das discussões que separam a antiga forma de conceituar mãe como sendo “o ser do gênero feminino, que têm a característica única e natural de gerar dentro de si outro ser através da fecundação por um ser de gênero oposto”.
E, por isso vale perguntar: Será que as mulheres não vão lutar pelo direito de somente elas poderem ser chamadas de mãe? Ou, isso soará muito “mau” aos seus ouvidos, porque finalmente assumiriam uma marcha do “Feminismo”?!
A verdade é que dependendo destas mudanças sociais no âmbito das relações interpessoais, a sociedade que já não cumpre com os mandamentos de Deus terá sérias dificuldades em honra pai e mãe como originalmente lhe foi proposto por Deus no 5º mandamento. Por que, com essa balbúrdia conceitual nem os elementos necessários, ou seja, a diferenciação de gênero para o cumprimento do mandamento ela terá, para que isso seja feito.
    
E assim, muito menos ela conseguirá alcançar a promessa de longevidade a qual resulta da obediência exercida sobre essa regra. Alguém pode alegar que “há um aumento na aceitação e prática da homossexualidade, e nem por isso, no Brasil houve uma redução do tempo de vida das pessoas, pelo contrário, houve um aumento”.
Primeiro, seria bom conferir se o aumento se deu na vida de pessoas hetero ou homo.
Segundo, a condicional é referente ao aspecto de obediência e desobediência.
E terceiro: cito o texto tão conhecido e tão distorcido pelos contrários – Romanos 1. 18 – 28.

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm”; 

Outra questão é: Creio que cada um de nós tem um exemplo a ser lembrado de pessoas que partiram jovens desta existência. E se nos esforçarmos nesta questão, nos lembraremos que por trás delas estavam mães que advertiam seus filhos sobre seus delitos, atitudes e comportamentos para que não tivessem esse fim trágico, mas não desconhecido.
Essa atitude de mãe não parte apenas da sensibilidade existente em cada mãe, mas advêm da própria natureza de seu oficio, na responsabilidade do cuidado e da educação, na transmissão da estrutura familiar que naturalmente tem a probabilidade de ser absorvida pelo filho dentro da relação interpessoal iniciada desde a gestação.
    
É por isso que a Lei do Senhor não poderia deixar de fora o 5º mandamento; por tal relação ser importantíssima, como é o caso da relação entre pais e filhos, em perigo iminente a todos os instantes. Pois o homem nasce propenso a desconsiderá-la, como ela é desde sua meninice - Sl 51.5; e Paulo adverte aos filhos dos efésos em Ef 6.1: Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 

Com isso entendo que também está sobre a tutela da mãe a engenhosa atividade da educação do filho pela paciência, como a sua busca incansável no aperfeiçoamento do seu caráter através da palavra de Deus, para que seu oficio seja exercido com alegria, e sem a sua reprovação por atitudes que descaracterizariam uma mãe no cumprimento do seu oficio.

Como exemplo bíblico há a referencia de II Timóteo 1.4 e 5: Desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo; Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti. 
     
E novamente outra advertência paulina em Efésios 6.4: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. 
     
Toda essa situação nos leva a considerar uma relação estreita, e ao mesmo tempo, de superioridade, na qual necessariamente deverá haver amor recíproco para se alcançar o cumprimento deste mandamento do Senhor.
Esse mandamento nos demonstra a centralidade dos mandamentos posteriores a ele, que está no cumprimento de nosso dever para com o próximo, pelo principio retribuição: de fazermos aos outros, aquilo que queremos que nos façam - Mateus 7.12.

Volto a perguntar: - Será que nos vale a pena comemorarmos o dia das mães?
Tentarei expor algumas razões pelas quais devemos comemorar o dia das mães:

1 – Por que o oficio materno é dado pelo Senhor.
           
São inúmeros os testemunhos bíblicos sobre mulheres inférteis que tiveram suas madres abertas pelo Senhor, e na sua maioria com propósitos e realizações superiores.

2 - Para que haja a convivência com a divergência de gênero, no caso do filho, e a transmissão dos traços maternos, no caso da filha.

Indiscutivelmente herdamos singularidades, características e traços que não nos são únicos, mas que nos são passadas pelos nossos genitores, e acabam não sendo invisíveis.
Traços em nossa personalidade, temperamento, hábitos e particularidades corporais, feições, como a própria cultura, educação e fé.

            3 – Por que na mãe encontramos o reflexo da proteção divina.
                       
Temos a linda historia na demonstração de sabedoria do rei Salomão, no caso de mulheres que o procuram para resolverem uma disputa por um filho - I Re 3.17 – 27; Is 49.15, diz: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”.

            4 – Por que há autoridade no oficio materno.

O Senhor cobre de autoridade a palavra de uma mãe e se satisfaz na obediência exercida pelos filhos quando cumprem a palavra, Provérbios 30.17: “Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, corvos do ribeiro os arrancarão e os filhotes da águia os comerão”.

            5 – Por que há promessa na obediência a mãe.

A palavra de Deus nos coloca o 5º mandamento e na sua obediência contida uma promessa. E como bem sabemos, Ele é Fiel para cumprir com sua palavra.

Concluo, afirmando que vale a pena comemoramos o dia das mães em celebração a família, a vida, a quem nós somos como pessoas, pela felicidade que nos proporciona, pela pessoa em sua natureza que as mães são para seus filhos, pela alegria da comunhão e amor e pela glória de Deus em nós e dentro desta relação tão intima tão pessoal, tão particular a cada um em sua interioridade Celebremos o dia das mães, homenageando, festejando, vivendo. Para outros que já perderam suas pérolas preciosas: Se lembrando.

sábado, 30 de abril de 2011

Declaração de Fé - Fraternidade Reformada Mundial

É com ansiedade que aguardo este momento que está para acontecer. Lembro-me a alguns anos atrás no SPN (Recife - PE), participei de uma palestra com o Dr. Augusto Nicodemus Lopes, onde o mesmo falará sobre "estarem no ínicio das reuniões que envolviam líderes da igreja no mundo inteiro para começarem a tecer, está que seria uma declaração de fé para os reformados, onde se preocuparia intensivamente em trazer os fundamentos bíblicos abraçados pelos reformados contemporâneos, tocando em assuntos não contemplados pelas antigas Confissões".

Obviamente, que a Declaração além de ser a posição das igrejas reformadas concernente a fé, ao mesmo tempo, seria uma resposta as tendências e engôdos teológicos que circundam o ambiente acadêmico, e por assim ser, estão permeiando a igreja no século atual.

Talvez alguém possa dizer que infelizmente está Declaração nos chega já estando ela atrasada, pois são muitos anos que separam ela das demais. Visto que as outras, como a própria CFW e o Sínodo de Dort, foram confeccionadas contemplando os problemas doutrinários desenvolvidos no século XVI e XVII. De lá para cá, muitas foram as mudanças, os conflitos, as aspirações, e porque não dizer também: as ambições e ostentações.

É triste perceber como nitidamente a igreja deixa o seu lado confessional, e passa a buscar os movimentos ditos evangélicos, pregadores "intinerantes", até chegar ao ponto de se cansar deste modus operandi, abandonando a congregação e comunhão pela (ir)racionalidade e desculpas de que a igreja não foi criada para estar em quatro paredes.

Surgem ai, pessoas frustradas com os oficiais, com suas pregações, com as situações ao qual se envolve e seus desfeixos, e com a própria igreja. Dar-se ínicio novamente a um círculo vicioso de abraçar novos movimentos, novos meios de lidar com a bíblia, novos panoramas sobre a realidade da igreja e cada um puxando o reino pra o seu lado.

Nesta "nova" Declaração de Fé está contido justamente a posição que faltava à igreja para travar o combate a pós-modernidade, ao neoliberalismo, e a teologia liberal, que como um câncer tem devastado as igrejas em várias partes do mundo. Evidentemente, as declarações dos séculos passados eram nitidamente uma maneira idêntica as que se tornaram pontos de partidas para elas, apenas diferenciando-se aqui ou ali em temas e posicionamentos. As vezes seguindo apenas a vertente denominacional defendida pela igreja.

Criando dessa maneira uma forma institucionalizadora da "fé", não conseguindo separar as normas administrativas e filosofias momentaneamente operantes naquele lugar dos dogmas teológicos e bíblicos que se confundem nesta questão. Perdendo com isso o significado da própria Confissão ou Declaração, que não é apenas transmitir o que nós cremos, tornando a igreja apenas um lugar melhor para se estar e confundido como um "partido politico-teológico". Mas o seu significado está além disto, mas no fato dela interpretar a Escritura Sagrada sistematicamente de maneira a instruir, exortar e fazer ser uma igreja a igreja de Cristo em seu modo de ver o mundo, transmitir o evangelho, lidar com seus membros e outras igrejas unindo-se num só corpo através do mesmo Deus, mesmo Espirito e mesma fé ( Ef 4. 4-6).

Com satisfação coloco aqui o link para a ainda "inacabada" Declaração de Fé da Fraternidade Mundial Reformada. (Inglês)

Tradução disponível em breve.


sábado, 19 de junho de 2010

Teísmo Aberto: - Uma Defesa Que Condena!

Lucas 13. 1 – 5

1 E, NAQUELE mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
3 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
4 E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
5 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.

É inevitável para alguns não haver questionamentos a existência de Deus e de seu governo depois dos acontecimentos atuais: Como as chuvas arrasadoras em todo sul do país, o deslizamento de terra em Angra dos Reis, a violência descontrolada nas favelas. E sem contar, com outros acontecimentos devastadores, como foi o terremoto no Haiti e que assistimos assustados e fragilizados nos telejornais.

Coisas como essas revelam a nossa fragilidade, a nossa limitação diante de forças inexplicáveis como é a força devastadora da natureza expressa em um terremoto de nível sete na escala Richter.
As mais intensas e traumatizantes cenas são vistas quando algo assim acontece, como se estivéssemos assistindo o último filme de ficção cientifica produzido por Hollywood, mas aqui com uma grande diferença: - É real!

Então, as dúvidas e os questionamentos surgem naturalmente procurando respostas lógicas e eficazes em busca de dissipar as perguntas. E reorganizar o mundo e o modo pelo qual somos agora impulsionados e forçados a vê-lo, depois de grandes calamidades como fora essa do Haiti.

Religiosos buscam sustentar as suas posições diante da realidade, a mídia aumenta a audiência em meio ao caos e o sofrimento, governantes percebem que não passam agora de flagelados iguais aos sobreviventes que vagueiam em busca de socorrerem quem está com vida, debaixo dos escombros. Fome, sede, dor, sofrimento, morte, angústia, doenças... Humilhação! Tudo isto exprime o pouco que está a passou aquela nação e cada coração voluntário que se encontra ali em busca de ser uma partícula de esperança.

– O que será agora das nossas vidas? – Porque isto aconteceu? – O que devemos fazer daqui pra frente? – Se Deus existe, onde ele está agora que não impediu isso? – Ele não é poderoso o suficiente para intervir que coisas como essa não venham acontecer?! – Ele não ama mais aquelas pessoas?

São perguntas como essas, intrigantes, que devem estar dentro, nas mentes de muitas pessoas que estão envolvidas nesta catástrofe e até mesmo aqui neste momento. Mas também são perguntas como essas que podem gerar dubitação nos conceitos que apóiam a fé e que estão estabelecidos na Palavra de Deus.

Muitos se apóiam em pensamentos meramente sentimentalistas para responderem os seus questionamentos de forma anti-bíblica e cética, ao ponto de buscarem contradizer o que ela afirma de Deus dizendo que esse Deus-Cristão é um deus “Tirano”, “Sádico” e “Sem Amor”, por causa das conseqüências produzidas por grandes eventos que Ele mesmo permite.
Outros, mais espiritualistas, ficam procurando razões externas na situação política e sócio-cultural daquele país. No tipo de religião praticada, por exemplo. E quando ficam sabendo que os haitianos cultuam os mortos durante 3 meses em grande festa e depois os enterram no quintal de suas casas, acham mais do que o motivo, mas a causa ultima pela qual Deus nos céus permitiu tamanha desolação sobre a vida dos haitianos e não nas deles.
E outros, quase bem-intencionados, chegam ao absurdo de afirmarem que Deus permite grandes catástrofes, porque Ele não faz idéia de que tais coisas acontecem. Este tipo de pensamento no mínino é infantil e se não fosse trágico pela natureza da acusação seria cômico.

Ex: Existe um Pastor que depois de ter passado por uma experiência em uma de suas viagens para o exterior e precisamente para o continente africano. Tendo contato com um povo tribal e desprovido de qualquer assistência, ele desacreditou que Deus esteja no controle absoluto de tudo e tenha determinado dês da eternidade qual seria o fim ultimo de todos os eventos, quer sejam humanos quer sejam espirituais. E aponta para o homem como aquele que é responsável pelo seu destino.

Aqui vemos a apostasia por parte de alguém que desconstruiu a sua antiga forma de pensar (ele foi um dia pastor reformado) e agora luta contra ela, por ter sido impactado por cenas fortes.
Agora está em busca de tocar alguém através de afirmações sentimentais, como: “- Deus não sabia que isto iria acontecer!”, “- A justiça de Deus não produz morte!”.



Está maneira de pensar ao qual esse pastor tem evidenciado provêm de uma crítica as pessoas que buscam erros em outras para explicarem as causas dos seus sofrimentos e infortúnios. Para ele e para os seguidores do Teísmo Aberto: Deus não julga as pessoas através de calamidades e catástrofes terríveis como um Tsunami.

Essa teologia chamada de Teísmo Aberto aparentemente tem boas intenções, atacando o pensamento decorrente da tradição medieval pela qual o homem passou historicamente e carrega consigo até os dias de hoje, e que afirma: Que Deus deve ser visto como um Deus irado e terrível caçando pecadores para puni-los.

Seria intencionalmente bom o Teísmo Aberto deste pastor, se não tratasse de uma grande heresia comparável as mais grotescas invenções que a humanidade vivenciou no seu período medieval. Neste caso o Teísmo Aberto com o objetivo de atacar o seu inimigo, tornou-se o mais celebre aliado na tentativa de levar o homem a ficar o mais distante possível de Deus. E têm conseguido! Pois isso é inquestionável pela observação da prática dos seus inúmeros seguidores, tanto da antiga forma de pensar da teologia medieval, como da nova forma de pensar do que seria a rival e acabou sendo o seu aliado: O teísmo aberto.

O texto ao qual lemos demonstra este mesmo tipo de comportamento nos tempos de Jesus, e qual deve ser a postura adotada por nós em meio a tais acontecimentos e questionamentos.


1. A Culpa está em nós!

Olhando o texto veremos que Jesus não se preocupou em apontar causas exclusivas sobre acontecimentos que chocaram as pessoas e a sociedade envolvendo morte e uma suposta piedade misturada com um preconceito por parte das pessoas que chegam até ele para questioná-lo sobre o motivo pelo qual essas pessoas sofreram tamanha calamidade. Lc 13. 1 e 2

O texto não faz nenhuma afirmativa direta que essas pessoas que foram até Jesus, o perguntaram se as pessoas que estavam envolvidas nos acontecimentos eram merecedoras do que aconteceu ou não. Mas a verdade é que pouco importa se o perguntaram diretamente. Ele mesmo fez a pergunta demonstrando o interesse por parte daqueles que estavam em seu redor e a sua resposta não poderia ser mais contundente:
- Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Lc 13. 3

O que Jesus tinha em mente dando a resposta para a pergunta que ele mesmo fez em Lc 13. 3?
O fato é que Jesus conhece a natureza humana e suas conseqüências, Ele sabe que aqueles que estavam ao seu redor não tinham capacidade de responder a sua pergunta como nós também não temos, por isso: - Ele mesmo a respondeu.
Levando os que estavam presentes naquele momento a perceberem que suas posições mediante os acontecimentos e as pessoas que estavam envolvidas, não podiam continuar como estavam. Não podiam nem existir! Porque, não possuíam condições, em si mesmos, de darem conta das responsabilidades de suas próprias vidas. Quanto mais agora apontarem para causas exatas ao qual levaram aquelas pessoas a sofrerem mortes tão horríveis e que despertassem a curiosidade daqueles Galileus.

Jesus os conduz a enxergarem que a posição ao qual deviam assumir não é de inquisidores e até mesmo de juízes que conhecem a sentença merecedora a ser aplicada, mas deveriam assumir a posição de réus. Réus que merecem o mesmo destino por serem incapazes de olharem para si mesmos e para os delitos por eles cometidos.


2. O Censo Comum da Desgraça

Olhando novamente para a essência do pensamento daqueles Galileus, veremos onde ele se apóia e ganha espaço até chegar o período medieval ostentando ainda os dias de hoje em nossas igrejas. Às vezes somos tão pragmáticos (temos a prática como causa) que deixamos de perceber os grandes feitos de Deus, a sua misericórdia e o que Ele realmente deseja de cada um de nós. Era o que estava acontecendo com aqueles Galileus.
Basicamente o pensamento deles se resumia da seguinte maneira:

1. Aquelas pessoas fizeram algo que mereceu aos olhos de Deus a sua vingança, e assim morreram.
2. Se nós fizermos isto também Ele fará o mesmo conosco.
3. Ainda não morremos porque Deus não nós vê como culpados ao ponto de sofremos assim.
4. As pessoas sofrem, porque ou elas ou seus familiares mais próximos, fizeram algo que liberou a desgraça da parte de Deus nas suas vidas.

Ou seja: - Deus me retribui segundo o que mereço.

Tudo isto ainda está muito vivo nos dias de hoje em nossas igrejas. Sempre nos deparamos com pessoas que em seu comportamento demonstram pensarem dessa mesma forma. Quer seja no muito orar, quer seja no muito santificar-se, quer seja no cargo e nas responsabilidades que ocupam, acham-se merecedoras e até mesmo protegidas de grandes desgraças em suas vidas. E não hesitam em questionarem-se quando pessoas próximas sofrem em acontecimentos que chocam por sua violência.

Mas, há textos que põem abaixo esse censo comum predominante ainda em nossos dias e que se apóia na realidade das coisas: Eclesiastes 6.6; 9. 2; Mateus 5.45.

Dessa forma, observamos que tudo que somos; tudo o que temos e tudo o que passamos é proveniente de Deus e sua múltipla forma de ação em nossas vidas em seu decreto. E que por mais sábio e ignorante que sejamos ao ponto de queremos entender determinados acontecimentos e suas causas, sempre serão acontecimentos oriundos da vida e do fato de sermos frágeis e negligentes para com o Senhor.

Não adianta queremos produzir um deus alienado dos seus atributos para tentarmos responder os nossos questionamentos e modelá-lo ao ponto de deixar de ser Deus, para satisfazermos os motivos sentimentais de alguns que não querem mais enxergá-lo como o Senhor. Deixemos isso para Ele mesmo, como diz em Eclesiastes 3.17: “Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.”


3. Os Pontos Fracos do Teísmo Aberto

Vejo essa teologia com um olhar negativo não apenas porque ela é fraca e inconsistente, mas porque ela é herética e vai contra a sua própria nomenclatura.

Percebamos que ela diz a principio existir um Deus, mas que esse Deus em sua apresentação é mais humano do que realmente Deus, logo o termo Teísmo que exprime a crença em Deus entra em conflito com o próprio esclarecimento que está na palavra de Deus sobre sua existência e seus atributos como Deus e sua relação com o homem.

Isto é incoerente, mesmo para os que acreditam em outros deuses. Porque esses deuses pagãos não se tratam de deuses que em suas falsas-revelações são chamados de Todo-Poderoso, como é o caso do Deus Judaico-Cristão ao qual o Teísmo Aberto tenta descrever com sua fraca teologia. Logo o Deus Todo-Poderoso não tem condições de salvar quem quer e fazer morrer quem Ele queira do modo que Ele queira, por que Ele é amoroso demais? Que me diz do seu próprio Filho?

Segundo: por que, ela tenta delimitar Deus dos seus atributos ao ponto de justificar a sua impossibilidade em ser o causador das catástrofes da morte das pessoas, alegando que ele nem sabia que isto iria acontecer, pois se soubesse teria contido por causa do seu infinito amor. Leiamos: Salmos 46.8

Terceiro: porque ela descreve todo aquele que acredita que Deus é o autor dessas tragédias como sendo antiquados, arcaicos e ortodoxos, e assim deixam de perceber o quanto estão sendo sentimentalistas e orgulhosos em pensar que não merecem passar por situações adversas. E quando apontam para os ditos “ortodoxos” (que somos nós) não percebem que caem no mesmo erro que reclamam:
- Que estão a nos julgar estarmos errados; como nós também os julgamos estarem eles errados.

• Julgam-nos, porque dizem estarmos olhando com o mesmo olhar medieval que estão a atacar, mas que já se tornaram aliados em dizermos que Deus é o causador de tudo, até mesmos de grandes catástrofes.
• Julgamos eles estarem errados, porque não enxergam mais em Deus a capacidade infinita de sua sabedoria e poder, em utilizar-se de coisas aparentemente injustas ao nosso censo raquítico seu plano eterno.


4. Conclusão

Que cada vez mais à medida que, o tempo passa e se aproxima a volta de Cristo à igreja do Senhor está cercada de falsos profetas e de ensinamentos oriundos das próprias abstrações humanas. E nosso legado tem se tornado um grande desafio, como é carregar a própria cruz em amor a nosso Senhor, que sofreu o que nenhum de nós suportaria: A ira de Deus pelos nossos pecados.

O próprio Senhor alertou várias vezes aqueles que o seguiam a respeito de falsos ensinamentos e a postura necessária para combatê-los.

O que nos falta é coragem de encaramos com solidez a carreira que nos foi proposta e deixarmos de lado o mesmo sentimentalismo que rege a ação dos seguidores de heresias, tal qual, o Teísmo Aberto. E que tem encontrado lugar em nossa vida, tornando-se o bloqueio que nos impede de irmos à frente do combate.
Precisamos negar a validade desses ensinamentos explicitamente, não aceitando a autoridade daqueles que repercutem no meio evangélico esse ou qualquer outro tipo de heresia. Deixar pra lá é covardia. Dizer que nada tenho haver é incompetência e omissão; ensinar e defender a verdade são atitudes bíblicas, e cristãs se trata da nossa missão aqui.

Dar a vida hoje buscando se apropriar não para si mesmo da verdade de Deus, é algo que poucos estão a fazer. No entanto, convoco-os usando o mesmo argumento de Paulo em 2 Tm 4.1 – 8.

Cada um de nós é responsável por tamanha obra e sua realização. Deus nos ajude!

terça-feira, 2 de março de 2010

O Dia do Senhor

Talvez venhamos lembrar instantaneamente de uma denominação que argumenta a necessidade de guardar em nossos dias, o dia de sábado, que foi santificado pelo Senhor no período de Moisés. E logo, alguém poderá se levantar, dizendo: - Não há mais importância na observação de texto como estes nos nossos dias.

Mas, será que temos condições, e estas dadas por Deus, de dizermos que não há porque observarmos mais textos como esse? Ou melhor: - Dizermos que esse texto perdeu o seu significado, visto que hoje temos o NT e que nesse caso, esse texto que faz parte da Lei do Senhor, está obsoleto e tem apenas um significado histórico. Que por sua vez, a Lei foi cumprida em Cristo Jesus?

O que podemos dizer, mediante tais argumentações oriundas de pensamentos desvinculados de um compromisso sincero com o que o Senhor diz. É que muitos, infelizmente, deixam de perceber a importância contida em texto como esses em suas vidas espirituais. Seguindo o entendimento de que hoje existe uma “abolição decretada” ao AT, e ainda tendem a dizer que ela é provocada pela liberdade proposta no Evangelho de Cristo Jesus, ou seja, a Lei do AT versus a misericórdia do NT. E isso mostrará que texto assim, não tem nenhuma importância para a vida da igreja contemporânea. Desvalorizando o AT da sua contribuição, como Palavra de Deus, para o desenvolvimento da igreja hoje.

Isto é um perigo para os nossos dias. Porque este entendimento demonstra o quanto estamos despercebidos do caráter singular contido na totalidade da Palavra de Deus, na reunião do AT e NT e no que isto deve representar para a igreja de Jesus Cristo hoje e eternamente.

Isto quer dizer que, a Igreja deixa novamente de lado a sua história que foi construída com o passar do tempo e os objetivos que ela alcançou. As suas vitórias conquistadas pelo que a teologia produziu durante estes momentos importantes de reflexões, e que pra nós hoje, deveria servir de memória. Mas, o que parece, é que esta memória se tornou um arquivo morto, que para nada mais presta, a não ser: fazer volume desnecessário em nossa vida e ser um peso maior sobre os ombros da nossa consciência.

Quero trazer um exemplo pratico para a nossa visualização:

Um teólogo dos primeiros séculos da era cristã, chamado Marcião, afirmava que o AT perdeu seu significado, uma vez que ele foi desvendado pelo NT.

Observando os nossos dias, veremos que falta-nos refletir melhor a respeito do AT e todo o seu conteúdo para a igreja do nosso tempo. Alguns pregadores ainda se esforçam para trazer ao nosso conhecimento o sentido real dos textos, outros, o máximo que fazem é reproduzir as histórias dos grandes patriarcas e profetas, deixando de salientar o aspecto doutrinário do mesmo e com isso, sendo alheios à totalidade do AT, como Palavra de Deus. Provocando uma inconseqüente reação na igreja de abandono ao AT. Por não se tratar de Livros interessantes de observá-los, pois eles só tratam das histórias de alguns homens e do povo de Israel.

Não é a toa que nossos jovens não se firmam na sua vida cristã, desconhecendo não somente o NT, mas ignorando, do fundo do coração o AT.

Por se tratar de um livro “chato”, “enfadonho” e “complicado de se entender”.

Por isso, quero abrir um parêntese aqui, e sugerir aos colegas de ministério que, dediquem-se a observação e ensinamento do AT, nos momentos de reunião que temos com a igreja.

1. Em Tudo Que O Senhor Fez, Há Um Propósito.

Não será diferente com relação a esse caso, devemos observar o propósito de Deus em reservar um dia para descanso e qual tem sido o seu objetivo, com isso.

Chamo a atenção para o verso que antecede a narração de sua criação na criação. Gênesis 1.31 e 2.1 – 3.

Fica claro que Deus criou todas as coisas com uma harmonia extraordinária e perfeita. E que esta harmonia foi violada pela ação do pecado em sua estrutura. Mas, que as coisas que foram criadas por sua vez, funcionam paralelamente com o intuito de sustentarem sua própria preservação. Quero fazer menção do fato de Deus ter decretado na sua Lei o ano sabático (Lv 25; Dt 15), chamado também do ano do Jubileu:

1. Descanso de um ano sobre a Terra depois de 6 anos de cultivo. (Lv 25.1 – 5)

2. Perdão de dívidas. (Dt 15.1 – 3)

3. Libertação de escravos. (Dt 15. 12- 18)

4. Direito de remissão por parte de um irmão ao estrangeiro. (Lv 25.48)

5. Volta à sua possessão e sustento de irmãos necessitados. (Lv 25.13)

É verdade que não se tem mais como viver desta forma, no entanto, não podemos deixar de dizer que: Se, os limites impostos por Deus forem ultrapassados, todos, e não só os que transgridem, sofreram com a desestruturação e a desestabilização da harmonia de qualquer coisa criada por Ele.

Isso nos mostra que Ele “descansou” da sua obra, não porque precisasse recompor-se de seis dias de trabalho como nós, mas para nos indicar que o seu propósito não pode ser sobreposto por nenhuma maneira de viver ou por desculpas sem fundamento por parte do homem, sem que esse não sofra a reação, pelo fato de não ter obedecido a seu propósito.

Nisto está o grande propósito de Deus em ter santificado o dia de sábado, em que o homem pudesse alcançar o entendimento de que deveria viver em harmonia com o seu irmão e com Ele. Oferecendo um dia de sua semana para a adoração ao Senhor, não só através de rituais. Mas, também de atitudes virtuosas. Expressando assim o caráter neo-testamentário para o comportamento humano já naqueles dias. (sombra)

2. Propósito de Deus em Relação ao Sábado no NT.

Para alguns é difícil entender a convergência (dirigir-se para o mesmo ponto em questão) existente entre o AT e o NT em relação a ordenanças de Deus para o seu povo, por isso algo como o dia de sábado ainda é polêmico de se explicar. Alguns simplesmente quererão dar rápidas explicações, e outros buscarão sustentar-se através dos textos da Lei para reivindicar a sua observação, como nos dias de Moisés. Bem, torna-se de fácil entendimento o fato de não mais termos que observar o dia de sábado como nós dias de Moisés, quando analisamos o que disse Jesus sobre esse fato.

Em Lc 6.5 Jesus diz: O Filho do Homem é Senhor do sábado.

Jesus indica com isso que agora não mais será necessária uma observação, como no período de Moisés, onde se tinha um dia especifico e também um ano especifico para adorar a Deus de forma imparcial até mesmo através de atitudes virtuosas. Mas que agora, sendo ele mesmo o senhor do sábado a sua observação resumir-se-ia no direcionamento do propósito de Deus através do seu Filho e da sua obra redentora na vida daqueles que o conhecem como o Senhor da vida.

Então, o sábado convergiu para a obra de Cristo, e a sua obra é acentuada por dia um dia especial, o dia da sua Ressurreição, que fora no domingo. Cristo ressurreto é a primícias dos que dormem (I Co 15.20)

Por isso os cristãos se reúnem no domingo para a celebração do culto a Deus, tendo em vista o que aconteceu com Cristo e que a sua presença esta entre nós. Mas não é só isso, o sábado é o último dia da semana. Então, os israelitas faziam tudo que tinham que fazer para depois adorarem a Deus. Hoje a igreja do Senhor, começa a semana adorando a Deus e se preparando o resto da semana para a chegada do próximo domingo, para novamente começarem a semana oferecendo as primícias de sua vida a Deus.

A falta desta observação tem feito com que as EBD fiquem fazias; que os domingos sejam dias de lazer e diversão ao invés de adoração e comunhão; tem feito um dia até de trabalho, em buscar de progresso e uma “rendinha a mais no orçamento”, em troca de harmonia e equilíbrio em nossa vida.

Temos, sofrido mudanças por causa de não observação deste dia:

1. As fábricas tem se adaptado com novos projetos de socialização. (Efeito estufa, desemprego e cadê os membros na igreja?).

2. Crise econômica ( buscasse tanto a lucratividade e o progresso, que sacrificar o domingo na igreja é supérfluo).

3. Conclusão

Deus nos mostra que o seu propósito com o sábado encerra-se em Cristo e na sua obra consumada, na intenção de que aqueles que o têm como Senhor, o adorem. Não só no primeiro dia da semana, mas que todos os dias sejam dias de adoração, de santidade e direcionados a busca de comunhão e obediência ao Senhor através de uma vida cheia do desejo de alcançar o seu propósito.

Temos, um grande desafio pela frente: - Não permitir que sejamos tomados por essa forma de pensar que vem afogando crentes em sua caminhada com Deus, desestimulado a deixarem a observação do seu compromisso diário com Deus e que é através destes momentos de reunião e culto que haverá crescimento e fortalecimento para as nossas vidas e não longe deles. Por isso me atiro a dizer: Que crente que não vão a igreja com o intuito adorarem e crescerem espiritualmente tem pisado não só o AT e o NT, mas o sacrifício de Cristo por suas vidas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ela Chegou, Prepare-se!!!



É como se nada de mais estivesse acontecendo! Parece piada de mal gosto. No entano, trata-se da realidade da igreja nos dias atuais. Ela chegou e como quem não quer nada, adentra as portas de Pernambuco. Melhor dizendo, exponhe-se como nenhum de nós consegue fazer.

Eu já avisava com antecedencia na EBD aos meus alunos: - Ela vai chegar e quando estiver aqui, como então vamos explicar o que está acontecendo?

A verdade é que ela chegou e muitos não sabem nem por onde começar e o que dizer diante do despreparo que a igreja sofre no tocante a realidade de não conseguir defender a sua fé, dando respostas eficazes e pertinentes a assuntos que tomaram grandes proporções na mídia e logo no censo comum.

Por se tratar de uma minoria, politicamente falando, a lógica é que ela não seja descartada e esquecida pela massa. Assim, qualquer manifestação contrária a forma de comportamento e pensamento de uma minoria por outra classe torna-se-á preconceito.

Como encarar o fato que há hoje uma denominação dita "evangélica" que assume uma posição totalmente distante das posições que a própria igreja ao logo da sua história defendeu com todo ímpeto?!
Ter hoje que encarar e aceitar o fato de uma igreja querer ser chamada de "evangélica" adotando como uma de suas atividades o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, é fazer no mínimo aqueles que defendem a igreja de Cristo se afastar de vez dessa nomenclatura e de uma vez por todas quererem ser chamados de cristãos, para que haja definitivamente uma verdadeira distinção.

Queiramos e nos esforcemos para que essa distinção seja evidente, mesmo que ela somente seja alcançada no último Dia e venha ser aplicada pelo nosso Senhor em seu julgamento. Mas o nosso consolo é saber que essa distinção existe, não baseada e firmada num amor sentimentalista que se comove pelas minorias e suas manisfestações externas, mas na fideliade de sua palavra em salvar aqueles que o seu Conselho determinou na Fundação do mundo pelos méritos de Cristo Jesus-.

A bestialidade existente no pensamento daqueles que adotam as práticas homoeróticas (já tenho que me acustumar com o termo) como bíblicas e sensatas, fere o sentido, a existência, o equilibrio da humanidade e a sua criação como Divina. Sem falar que machucam a verdadeira exegese dos textos abraçando uma teologia com base unicamente na historicidade dos fatos sem levar em conta a espiritualidade e o âmago do kerigma da palavra, desabrochando apenas numa luta contra as classes sociais e suas minorias e deixando de lado o verdadeiro sentido do Evangelho.

Nós deveriamos já ter nos posicionado como aqueles que estão prontos a desarmar toda declaração desonesta a mensagem do Evangelho. Não permitindo que mais uma vez haja por parte de alguns descaramento de quererem roubar a santidade e a glória de Deus através de seus argumentos humanistas e sentimentalista derivados de uma teologia desprovida de santidade e amor a Deus.

Não deixo de falar contra aqueles que se colocam como honestos e estão usurpado das pessoas usando o Evangelho para isso. Esses estão no mesmo caminho e desgraça que aqueles que declaram infamias e ensinam engano em nome de Deus. Engano, idolatria, falsidade, vaidade... pecado. Querem molestar a nossa coinciência e a nossa inteligência querendo que sejamos escravos dos nossos deleites e prazeres. Daqui a pouco quererão aceitar o casamento e a junção de adultos com crianças (deixando de ser pedófilia), o uso da droga pelos membros da igreja, o swing como prática sádia entre os cristãos, tudo isso em nome dos prazeres da carne camuflado de uma pseudo-espiritualidade cristã. Não nos dobremos a essas coisas, mas tenhamos cativo a nossa mente a verdade da palavra de Deus e não chamemos de evangelicas igrejas que tenham em sua constituição práticas desonrosas entre os seus membros e ditos "sacerdotes".

Mas a verdade é que ela chegou e você que foi chamado por Deus e precisa se preparar, por que os falsos profetas estão as portas, não apenas querendo dinheiro mas roubando as almas para o inferno.

"Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
" (I Coríntios 6. 9 - 12)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Igrejas ou Casa de Shows?

É muito interessante perceber o quanto a música influência as pessoas e quanto ela pode exercer um domínio sobre a cultura de uma nação, uma classe social e ao mesmo tempo pode ser usada como veículos de propagação de idéias e forte apologia a uma causa determinada.

Vemos inúmeros exemplos, onde crianças são retiradas e salvas da marginalidade porque encontraram em algum projeto social voltado para música, a sua grande oportunidade de serem formadas como cidadãos compromissados com suas obrigações.

Ao mesmo tempo, vemos o quanto à música pode exercer domínio e expressar a mais bruta ignorância através de melódias e arpejos, para isso: a forma esculachada e esdrúxula, como o qual: “certos grupos de brega, funk e outros” vêm incendiando a nossa geração, com canções e letras que não merecem serem chamadas de músicas.

Apelando para a depravação, a sensualidade e a imoralidade, não apenas em suas letras, mas também, na forma vulgar que as suas dançarinas se vestem e requebram, denegrindo a imagem da mulher em troca de uma falsa liberdade de expressão e gênero em detrimento ao outro.

Comportando-se apenas como mais um produto da prateleira, que chama a atenção pelo rótulo em busca de ser usado pelo consumidor, que é enfeitiçado pelas belas formas da embalagem, que será amassada e jogada fora logo em seguida.

Num mundo que é formado por sonhos: - Ser uma grande banda, ter um grande holofote apontado pra você, tem sido a grande queda de muitas pessoas em nossos dias. Muitas pessoas dentro da igreja têm buscado se apoiar na música para alcançarem: fama, dinheiro, prosperidade, reconhecimento e serem reverenciados por multidões...

Há troco de quê (Eu pergunto)? Em busca de quê?

O mais preocupante disto tudo é: - Como a igreja tem encarado as composições contemporâneas? Onde está o gosto pela boa música?

E, o porquê? Ainda precisamos defender: "O não abrir as portas das nossas igrejas para todos os tipos de ritmos e comportamentos adjacentes". Gerados pela mais “nova” onda de estratégia evangelística, vindo diretamente do suposto avivamento das igrejas da América do Norte.

Que na verdade, é só mais uma velha maneira de idolatria camuflada de “adoração” usurpando assim, a centralidade do culto que pertence ao nosso Senhor Jesus Cristo e confundindo os visitantes que não reconhecem mais as igrejas.

Os dias são negros para a cultura musical do nosso país, ainda mais quando a igreja se mantém prostrada diante da apostasia dos nossos dias, que não mais fica nítida pelo discurso claro e objetivo de abandono da fé. Mas, que se envolve num discurso pluralista e sem reflexão, por partes daqueles que seriam apontados por Paulo e c&a como os falsos profetas dos dias de hoje.

Shows para milhares de pessoas, seguranças ao redor, reivindicações que nem os presidentes fazem para se apresentarem, pessoas matando e morrendo para verem a mais ilustre das atrações. Onde está Deus?

Sabiamente Deus inspira homens que, através da forma literária da poesia orientam assim a próxima geração que os sucederiam. Mostrando-nos o legado ao qual precisamos seguir. Dando-nos condições de agradá-lo também através do som das nossas cordas vocais, dos sons dos instrumentos musicais, aliados ao que os nossos corações podem expressar produzidos pelas virtudes do Espírito Santo: na gratidão, na satisfação e na emoção de conhecer a Deus, que é a origem de nossa existência.

Quando isto é encontrado nos conjuntos, grupos de louvores, mistérios e solistas, o quanto os salmos devem servir de inspiração para cada um deles. Eles começam a entender e aproximar-se de tudo que está a espera em seu legado. A partir do momento que são chamados e dotados dos dons para louvarem a Deus e convidarem a igreja a participar deste momento.

Começam a experimentar as circunstâncias sobre qual, cada um dos salmistas passaram até virem a serem inspirados no registro deles. Terão desta maneira sentimentos que expressarão a mais profunda alegria nas coisas do Senhor, como também provarão um profundo amargo de arrependimento pelos seus pecados. Tudo isto está nos Salmos.

Por isso, o louvor derruba as muralhas: as muralhas do ódio, da desobediência, da frustração, do medo, da idolatria, da tristeza, da insensatez, da ignorância, da perversidade, da ociosidade e da inexistência. Por que se apóia não na natureza caída do homem e suas articulações, mas na natureza de Deus e em sua perfeição. (Sl 105.3)

Os Salmos não podem apenas serem entendidos como simples maneira cultural de manifestação por parte dos israelitas, mas sim, como uma fonte inesgotável de conhecimento e meditação nos propósitos de Deus e em seu Ser.

Os salmos revelam o quanto precisamos entender os desígnios do nosso coração em busca de agradarmos a Deus e para melhor entender a nossa vida espiritual, os nossos relacionamentos pessoais, as grandes questões da vida e como Deus age para com a humanidade. Os salmos têm caráter pedagógico, de ensino, de reflexão, porque foram originados desta maneira pelos seus escritores inspirados pelo Espírito Santo (Sl 104.34).

Falar de música na igreja nos dias de hoje é um compromisso que muitos não querem ter pra si ultimamente. Em alguns lugares isso causa dores na cabeça de algumas pessoas, em pastores e ministérios, quando se busca um melhor entendimento sobre esse tema.

O fato é que hoje a um grande divisor de águas existente nos círculos teológicos e nas igrejas, provocados pelas novas maneiras de enxergar os grupos dançantes, de hip-hop e congêneres, misturados com os coreográficos. Onde isto tudo nos levará? Acho que essa deveria ser a nossa maior preocupação. Fala-se em igrejas tradicionais e engessadas, as que não se dobraram a esta maneira de "cultuar ou louvar a Deus" e fala-se a em igrejas levadas pelo vento do Espírito: aquelas que têm liberdade (e esta do Espírito) para fazerem o que bem querem no seu modo de expressarem-se a Deus. Que dias são estes?! Dias de confusão! Mas Deus, não é Deus de confusão.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Igreja Católica Romana na Fogueira???

Ainda que tenha tentado preservar o arcebispo d. José Cardoso Sobrinho, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desautorizou a iniciativa do arcebispo de Recife e Olinda de anunciar a excomunhão da mãe da menina de 9 anos submetida a um aborto na semana passada e da equipe médica que participou da interrupção da gravidez. A menina, estuprada pelo padrasto, estava grávida de gêmeos.

O secretário-geral da CNBB, d. Dimas Lara Barbosa, disse que a mãe da menina não está excomungada, pois agiu sob pressão e com o objetivo de salvar a vida da filha. "Não temos elementos para dizer qual médico está excomungado e qual não está. Depende do grau de consciência de cada um", disse ainda d. Dimas. Segundo o secretário-geral, estão excomungados somente os profissionais "conscientes e contumazes" na prática do aborto.

Durante entrevista coletiva, foi distribuído um documento sobre excomunhão, assinado pelo assessor canônico da CNBB, padre Enrique Pérez Pujol, que destaca o fato de que a punição não deve ser aplicada em meio a uma polêmica. A afirmação de d. José Cardoso Sobrinho sobre a excomunhão da mãe e dos profissionais envolvidos no aborto foi feita um dia depois da interrupção da gravidez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Acompanhar tudo o que está acontecendo no caso da menina de 9 anos que foi abusada pelo padastro e engravidou de gêmeos. Tem me levado a grandes reflexões. Vimos que a medida ao qual tomou o Arcebispo d. Cardoso Sobrinho, para a grande massa da sociedade foi desprovida de qualquer misericórdia. Ao ponto de termos o presidente da República se denominando católico apostólico romano e indo de encontro as normas canônicas da ICAR. A mídia no seu papel de "especuladora", não deixou barato, e aproveitou todas as brechas existentes para malhar, as até então supostas decisões apoiadas pelas normas canônicas e o Vaticano. E vi os papéis se inveterem, de forma sútil ao que fora no périodo da idade média, nos tempos da inquisição e da fogueira santa... Só que desta vez, quem está na foqueira: É a ICAR!
E antes que todos virassem "churrasquinho", a CNBB jogou água fria. Descartando as decisões tomadas pelo Arcebispo e dando ouvidos aos que estão de fora. Mesmo que o Vaticano já tenha se manifestado a favor da decisão por parte do Arcebispo e apoiado o seu clérigo.
Isso me leva a 1º pergunta:

- Será, que a ICAR vai abrir mão daquilo que a faz ICAR para não perder o povo (se é que o povo realmente são deles?!?)?
Será, que os lideres da ICAR vão se deixar persuadir propositalmente para não perderem terreno para o materialismo existencial? Para o racionalismo crescente? E para o evolucionismo Darwiniano?

2º Pergunta:
- Cadê os nossos líderes maiores e suas considerações importantes diante de casos como estes que vimos acontecer? Esses casos estão longe da nossa realidade? Ao ponto das igrejas evangélicas estarem blindadas contra este tipo de violência e pecado? Pelo visto não!

3º Pergunta:
- Cadê os ditos "espirituais pentecostais e neo-pentecostais" ? Ah! Isso é mais um mistério. E se tratando de mistério, nós não colocamos a mão!

4ºPergunta:
- Será que não está na hora da liderança Evangélica entender, de uma vez por todas, que ficar alienado à ciência e mergulhar de cabeça no misticismo desvairado, não é a melhor postura a ser tomada nos dias atuais? Que precisamos de mentes pensantes e capacitadas pelas ciências, (providência de Deus) dentro de nossas igrejas.

Fico perplexo diante da grande necessidade existente em nossas igrejas de mão-de-obra preparada em vários campos! E de como tudo tem sido encarado por parte da própria igreja. Ela pisa desonestamente na sua própria história, encara-á como uma inimiga. Finge que ela não existe e enterra todas as testemunhas que lutaram pelos propósitos de Deus para a humanidade. Grandes universidades nossas estão de pé, por causa de homens que foram usados por Deus, como: Jonanthan Edwards, John Wesley, John Cavin e tantos outros, até anônimos. E os evangélicos se privam de tudo isto, querem abraçar o seu próprio eu, desvencilhado da sua verdadeira postura ética-cristã. Ficar de fora de grandes polêmicas não é a melhor decisão para a igreja que se diz de Cristo. Algo tem que ser feito... pelo menos oremos para que seja feito.

Com Amor em Cristo!