sexta-feira, 13 de março de 2009

Igreja Católica Romana na Fogueira???

Ainda que tenha tentado preservar o arcebispo d. José Cardoso Sobrinho, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desautorizou a iniciativa do arcebispo de Recife e Olinda de anunciar a excomunhão da mãe da menina de 9 anos submetida a um aborto na semana passada e da equipe médica que participou da interrupção da gravidez. A menina, estuprada pelo padrasto, estava grávida de gêmeos.

O secretário-geral da CNBB, d. Dimas Lara Barbosa, disse que a mãe da menina não está excomungada, pois agiu sob pressão e com o objetivo de salvar a vida da filha. "Não temos elementos para dizer qual médico está excomungado e qual não está. Depende do grau de consciência de cada um", disse ainda d. Dimas. Segundo o secretário-geral, estão excomungados somente os profissionais "conscientes e contumazes" na prática do aborto.

Durante entrevista coletiva, foi distribuído um documento sobre excomunhão, assinado pelo assessor canônico da CNBB, padre Enrique Pérez Pujol, que destaca o fato de que a punição não deve ser aplicada em meio a uma polêmica. A afirmação de d. José Cardoso Sobrinho sobre a excomunhão da mãe e dos profissionais envolvidos no aborto foi feita um dia depois da interrupção da gravidez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Acompanhar tudo o que está acontecendo no caso da menina de 9 anos que foi abusada pelo padastro e engravidou de gêmeos. Tem me levado a grandes reflexões. Vimos que a medida ao qual tomou o Arcebispo d. Cardoso Sobrinho, para a grande massa da sociedade foi desprovida de qualquer misericórdia. Ao ponto de termos o presidente da República se denominando católico apostólico romano e indo de encontro as normas canônicas da ICAR. A mídia no seu papel de "especuladora", não deixou barato, e aproveitou todas as brechas existentes para malhar, as até então supostas decisões apoiadas pelas normas canônicas e o Vaticano. E vi os papéis se inveterem, de forma sútil ao que fora no périodo da idade média, nos tempos da inquisição e da fogueira santa... Só que desta vez, quem está na foqueira: É a ICAR!
E antes que todos virassem "churrasquinho", a CNBB jogou água fria. Descartando as decisões tomadas pelo Arcebispo e dando ouvidos aos que estão de fora. Mesmo que o Vaticano já tenha se manifestado a favor da decisão por parte do Arcebispo e apoiado o seu clérigo.
Isso me leva a 1º pergunta:

- Será, que a ICAR vai abrir mão daquilo que a faz ICAR para não perder o povo (se é que o povo realmente são deles?!?)?
Será, que os lideres da ICAR vão se deixar persuadir propositalmente para não perderem terreno para o materialismo existencial? Para o racionalismo crescente? E para o evolucionismo Darwiniano?

2º Pergunta:
- Cadê os nossos líderes maiores e suas considerações importantes diante de casos como estes que vimos acontecer? Esses casos estão longe da nossa realidade? Ao ponto das igrejas evangélicas estarem blindadas contra este tipo de violência e pecado? Pelo visto não!

3º Pergunta:
- Cadê os ditos "espirituais pentecostais e neo-pentecostais" ? Ah! Isso é mais um mistério. E se tratando de mistério, nós não colocamos a mão!

4ºPergunta:
- Será que não está na hora da liderança Evangélica entender, de uma vez por todas, que ficar alienado à ciência e mergulhar de cabeça no misticismo desvairado, não é a melhor postura a ser tomada nos dias atuais? Que precisamos de mentes pensantes e capacitadas pelas ciências, (providência de Deus) dentro de nossas igrejas.

Fico perplexo diante da grande necessidade existente em nossas igrejas de mão-de-obra preparada em vários campos! E de como tudo tem sido encarado por parte da própria igreja. Ela pisa desonestamente na sua própria história, encara-á como uma inimiga. Finge que ela não existe e enterra todas as testemunhas que lutaram pelos propósitos de Deus para a humanidade. Grandes universidades nossas estão de pé, por causa de homens que foram usados por Deus, como: Jonanthan Edwards, John Wesley, John Cavin e tantos outros, até anônimos. E os evangélicos se privam de tudo isto, querem abraçar o seu próprio eu, desvencilhado da sua verdadeira postura ética-cristã. Ficar de fora de grandes polêmicas não é a melhor decisão para a igreja que se diz de Cristo. Algo tem que ser feito... pelo menos oremos para que seja feito.

Com Amor em Cristo!

terça-feira, 10 de março de 2009

A Iniciação Pastoral


Quando começa o pastorado para uma pessoa? Quais serão os desafios que o pastorado oferece àquele que o postula? Como será o comportamento diante de outros pastores e obreiros, neste novo curso que se inicia? E a igreja? Como será a sua aceitação? A recepção? A cooperação? E os primeiros trabalhos?

São perguntas iguais a estás que tenho me feito ultimamente. E falando sério... nunca pensei que seria tão sufocante. Vejo, com a aproximação do exame teológico, o quanto as pessoas não fazem idéia do que é ser um pastor. Acordar e já ter a mente cheia de responsabilidades pra resolver, não ter hora pra chegar em casa e ao mesmo tempo ser o grande exemplo diante da congregação.
É aqui onde está a maior "dificuldade", esperar compreenssão por parte das pessoas, ainda mais quando enfrentamos uma crise espiritual de igrejas inchadas e líderes marketeiros. Momento onde o fazer está sobrepondo ao ser.

O evangelho light dos nossos dias, tem ofuscado o grande compromisso feito entre Deus e os escolhidos para o ofício pastoral. A falta de coerência existente nos púlpitos está ligada a falta de entendimento sobre a vocação conferida por Deus. Não há como negar, são pouco os que hoje querem ser o sacrificio, sofrerem com as marcas de Cristo, expor os seus pecados e serem humildes ao ponto de voltarem atrás nas decisões que tomem errôneamente.

Quais são as nossas expectativas? Teremos grandes desafios pela frente. Ovelhas que precisam de socorro em suas tribulações, outras que precisam ser acompanhadas, mulheres que não tem os maridos crentes e são obreiras na casa do Senhor, jovens sem perspectiva de evangelho e totalmente desistimulados para o reino, homens que não tem o vigor para o exercício espiritual, diáconos e diaconizas que precisam aprender sobre seu oficio ao ponto de desafogarem seu pastor.
E os pensamentos de que Deus não está com você, lhe consumindo. As pregações as quais se esforçou em fazer e que parece não surtir efeito na igreja, a sensação que está andando pra trás ao invés de avançar, as grandes tentativas e inúmeras frustrações, o sentimento de derrota em meio as lutas e o desejo de desistência em suas fraquezas.

Bem, isto é um pouco da rotina que se apresenta na vida dos que iniciam no ofício pastoral. Não quero comentar sobre a vida familiar, mas tenho certeza que ela muda completamente.
A grande questão é ter certeza da sua vocação, que o Senhor que chama se responsabilizará e estará contigo. Ah! Aqui está o conforto, a consolação, a esperança que no fim você cumpriu o seu chamado.

Não esquecer da vida espiritual é um grande conselho pois é no ser que está a diferença.

Que Deus nos ajude a cumprir com esta vocação. Amém.