quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Igrejas ou Casa de Shows?

É muito interessante perceber o quanto a música influência as pessoas e quanto ela pode exercer um domínio sobre a cultura de uma nação, uma classe social e ao mesmo tempo pode ser usada como veículos de propagação de idéias e forte apologia a uma causa determinada.

Vemos inúmeros exemplos, onde crianças são retiradas e salvas da marginalidade porque encontraram em algum projeto social voltado para música, a sua grande oportunidade de serem formadas como cidadãos compromissados com suas obrigações.

Ao mesmo tempo, vemos o quanto à música pode exercer domínio e expressar a mais bruta ignorância através de melódias e arpejos, para isso: a forma esculachada e esdrúxula, como o qual: “certos grupos de brega, funk e outros” vêm incendiando a nossa geração, com canções e letras que não merecem serem chamadas de músicas.

Apelando para a depravação, a sensualidade e a imoralidade, não apenas em suas letras, mas também, na forma vulgar que as suas dançarinas se vestem e requebram, denegrindo a imagem da mulher em troca de uma falsa liberdade de expressão e gênero em detrimento ao outro.

Comportando-se apenas como mais um produto da prateleira, que chama a atenção pelo rótulo em busca de ser usado pelo consumidor, que é enfeitiçado pelas belas formas da embalagem, que será amassada e jogada fora logo em seguida.

Num mundo que é formado por sonhos: - Ser uma grande banda, ter um grande holofote apontado pra você, tem sido a grande queda de muitas pessoas em nossos dias. Muitas pessoas dentro da igreja têm buscado se apoiar na música para alcançarem: fama, dinheiro, prosperidade, reconhecimento e serem reverenciados por multidões...

Há troco de quê (Eu pergunto)? Em busca de quê?

O mais preocupante disto tudo é: - Como a igreja tem encarado as composições contemporâneas? Onde está o gosto pela boa música?

E, o porquê? Ainda precisamos defender: "O não abrir as portas das nossas igrejas para todos os tipos de ritmos e comportamentos adjacentes". Gerados pela mais “nova” onda de estratégia evangelística, vindo diretamente do suposto avivamento das igrejas da América do Norte.

Que na verdade, é só mais uma velha maneira de idolatria camuflada de “adoração” usurpando assim, a centralidade do culto que pertence ao nosso Senhor Jesus Cristo e confundindo os visitantes que não reconhecem mais as igrejas.

Os dias são negros para a cultura musical do nosso país, ainda mais quando a igreja se mantém prostrada diante da apostasia dos nossos dias, que não mais fica nítida pelo discurso claro e objetivo de abandono da fé. Mas, que se envolve num discurso pluralista e sem reflexão, por partes daqueles que seriam apontados por Paulo e c&a como os falsos profetas dos dias de hoje.

Shows para milhares de pessoas, seguranças ao redor, reivindicações que nem os presidentes fazem para se apresentarem, pessoas matando e morrendo para verem a mais ilustre das atrações. Onde está Deus?

Sabiamente Deus inspira homens que, através da forma literária da poesia orientam assim a próxima geração que os sucederiam. Mostrando-nos o legado ao qual precisamos seguir. Dando-nos condições de agradá-lo também através do som das nossas cordas vocais, dos sons dos instrumentos musicais, aliados ao que os nossos corações podem expressar produzidos pelas virtudes do Espírito Santo: na gratidão, na satisfação e na emoção de conhecer a Deus, que é a origem de nossa existência.

Quando isto é encontrado nos conjuntos, grupos de louvores, mistérios e solistas, o quanto os salmos devem servir de inspiração para cada um deles. Eles começam a entender e aproximar-se de tudo que está a espera em seu legado. A partir do momento que são chamados e dotados dos dons para louvarem a Deus e convidarem a igreja a participar deste momento.

Começam a experimentar as circunstâncias sobre qual, cada um dos salmistas passaram até virem a serem inspirados no registro deles. Terão desta maneira sentimentos que expressarão a mais profunda alegria nas coisas do Senhor, como também provarão um profundo amargo de arrependimento pelos seus pecados. Tudo isto está nos Salmos.

Por isso, o louvor derruba as muralhas: as muralhas do ódio, da desobediência, da frustração, do medo, da idolatria, da tristeza, da insensatez, da ignorância, da perversidade, da ociosidade e da inexistência. Por que se apóia não na natureza caída do homem e suas articulações, mas na natureza de Deus e em sua perfeição. (Sl 105.3)

Os Salmos não podem apenas serem entendidos como simples maneira cultural de manifestação por parte dos israelitas, mas sim, como uma fonte inesgotável de conhecimento e meditação nos propósitos de Deus e em seu Ser.

Os salmos revelam o quanto precisamos entender os desígnios do nosso coração em busca de agradarmos a Deus e para melhor entender a nossa vida espiritual, os nossos relacionamentos pessoais, as grandes questões da vida e como Deus age para com a humanidade. Os salmos têm caráter pedagógico, de ensino, de reflexão, porque foram originados desta maneira pelos seus escritores inspirados pelo Espírito Santo (Sl 104.34).

Falar de música na igreja nos dias de hoje é um compromisso que muitos não querem ter pra si ultimamente. Em alguns lugares isso causa dores na cabeça de algumas pessoas, em pastores e ministérios, quando se busca um melhor entendimento sobre esse tema.

O fato é que hoje a um grande divisor de águas existente nos círculos teológicos e nas igrejas, provocados pelas novas maneiras de enxergar os grupos dançantes, de hip-hop e congêneres, misturados com os coreográficos. Onde isto tudo nos levará? Acho que essa deveria ser a nossa maior preocupação. Fala-se em igrejas tradicionais e engessadas, as que não se dobraram a esta maneira de "cultuar ou louvar a Deus" e fala-se a em igrejas levadas pelo vento do Espírito: aquelas que têm liberdade (e esta do Espírito) para fazerem o que bem querem no seu modo de expressarem-se a Deus. Que dias são estes?! Dias de confusão! Mas Deus, não é Deus de confusão.

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