sábado, 30 de abril de 2011

Declaração de Fé - Fraternidade Reformada Mundial

É com ansiedade que aguardo este momento que está para acontecer. Lembro-me a alguns anos atrás no SPN (Recife - PE), participei de uma palestra com o Dr. Augusto Nicodemus Lopes, onde o mesmo falará sobre "estarem no ínicio das reuniões que envolviam líderes da igreja no mundo inteiro para começarem a tecer, está que seria uma declaração de fé para os reformados, onde se preocuparia intensivamente em trazer os fundamentos bíblicos abraçados pelos reformados contemporâneos, tocando em assuntos não contemplados pelas antigas Confissões".

Obviamente, que a Declaração além de ser a posição das igrejas reformadas concernente a fé, ao mesmo tempo, seria uma resposta as tendências e engôdos teológicos que circundam o ambiente acadêmico, e por assim ser, estão permeiando a igreja no século atual.

Talvez alguém possa dizer que infelizmente está Declaração nos chega já estando ela atrasada, pois são muitos anos que separam ela das demais. Visto que as outras, como a própria CFW e o Sínodo de Dort, foram confeccionadas contemplando os problemas doutrinários desenvolvidos no século XVI e XVII. De lá para cá, muitas foram as mudanças, os conflitos, as aspirações, e porque não dizer também: as ambições e ostentações.

É triste perceber como nitidamente a igreja deixa o seu lado confessional, e passa a buscar os movimentos ditos evangélicos, pregadores "intinerantes", até chegar ao ponto de se cansar deste modus operandi, abandonando a congregação e comunhão pela (ir)racionalidade e desculpas de que a igreja não foi criada para estar em quatro paredes.

Surgem ai, pessoas frustradas com os oficiais, com suas pregações, com as situações ao qual se envolve e seus desfeixos, e com a própria igreja. Dar-se ínicio novamente a um círculo vicioso de abraçar novos movimentos, novos meios de lidar com a bíblia, novos panoramas sobre a realidade da igreja e cada um puxando o reino pra o seu lado.

Nesta "nova" Declaração de Fé está contido justamente a posição que faltava à igreja para travar o combate a pós-modernidade, ao neoliberalismo, e a teologia liberal, que como um câncer tem devastado as igrejas em várias partes do mundo. Evidentemente, as declarações dos séculos passados eram nitidamente uma maneira idêntica as que se tornaram pontos de partidas para elas, apenas diferenciando-se aqui ou ali em temas e posicionamentos. As vezes seguindo apenas a vertente denominacional defendida pela igreja.

Criando dessa maneira uma forma institucionalizadora da "fé", não conseguindo separar as normas administrativas e filosofias momentaneamente operantes naquele lugar dos dogmas teológicos e bíblicos que se confundem nesta questão. Perdendo com isso o significado da própria Confissão ou Declaração, que não é apenas transmitir o que nós cremos, tornando a igreja apenas um lugar melhor para se estar e confundido como um "partido politico-teológico". Mas o seu significado está além disto, mas no fato dela interpretar a Escritura Sagrada sistematicamente de maneira a instruir, exortar e fazer ser uma igreja a igreja de Cristo em seu modo de ver o mundo, transmitir o evangelho, lidar com seus membros e outras igrejas unindo-se num só corpo através do mesmo Deus, mesmo Espirito e mesma fé ( Ef 4. 4-6).

Com satisfação coloco aqui o link para a ainda "inacabada" Declaração de Fé da Fraternidade Mundial Reformada. (Inglês)

Tradução disponível em breve.


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